sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Arnaldo Baptista - Loki - 1974

34º Ranking Rolling Stones Magazine





01- Será que eu vou virar bolor
02- Uma pessoa só
03- Não estou nem aí
04- Vou me afundar na lingerie
05- Honky tonky (patrulha do espaço)
06- Cê ta pensando que eu sou loki
07- Desculpe
08- Navegar de novo
09- Te amos podes crer
10- É fácil

Foi lançado em 1974 depois de um suposto ataque nervoso e é considerado um dos melhores álbuns dos anos 70. O álbum expressa sua angústia perante a sociedade pós-contemporânea, unida à análise de sufocantes aspectos da humanidade: solidão, drogas, sexo e até óvnis.
Nesse álbum seminal, Arnaldo Baptista expõe de forma pungente - e até mesmo ressentida, a despeito de seu enorme talento - sua infelicidade, decepção e arrependimento; Devastado pelo divórcio com Rita Lee, Arnaldo realiza algumas de suas composições mais inspiradas e melancólicas, no que seria uma espécie de último lampejo criador precedendo a derrocada psiquiátrica de que até hoje padece e que já então se anunciava de forma evidente. Uma clara evidência da tênue linha existente entre loucura e genialidade.
A enorme gama de estruturas melódicas explorada ao longo das faixas mostra o Arnaldo sambista; o Arnaldo roqueiro; e até mesmo o compositor jazzístico, como na célebre Honky tonky.
O álbum foi eleito pela revista Rolling Stone como o 34º melhor álbum brasileiro de todos os tempos.

Arnaldo Baptista nascimento 06/07/1948

Pianista de formação clássica, baixista e compositor, foi fundador do grupo Os Mutantes, formado em São Paulo em 1966, originalmente com Rita Lee e Sergio Dias, e que definiu rumos para o rock e a música pop brasileira. Arnaldo, um dos "malditos" da cultura brasileira, é considerado uma figura de transição entre o tropicalismo dos anos 70 e o rock brasileiro dos 80. Já foi internado em sanatórios e tentou o suicídio. Virou tema de vídeo e livro. 

Em 1974 lançou um disco solo, "Loki?", e três anos depois montou a banda Patrulha do Espaço, que lançou discos nos anos 80. A partir de meados da década de 80 passa a se dedicar também à literatura e à pintura, até que em 1995 assina contrato com a gravadora Virgin Brasil, que lança "Singin' Alone".

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