67º Ranking Rolling Stones Magazine
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Jorge Ben Jor 22/03/1942
Carioca de Madureira criado no Catumbi, desde pequeno gostava de cantar no coro da igreja e participar dos blocos de carnaval. Na adolescência e juventude ganhou um violão e começou a tocar bossa nova e rock'n'roll. Nos anos 60 apresentou-se no Beco das Garrafas, que se tornou um dos redutos da bossa nova. Lá foi ouvido por um produtor que o chamou para gravar.
Logo saiu o primeiro compacto com "Mas, Que Nada" e "Por Causa de Você, Menina", em 1963, acompanhado pelo conjunto Copa Cinco. No mesmo ano lançou o primeiro LP, "Samba Esquema Novo". Foi para os Estados Unidos e lá suas composições "Zazueira", "Mas, Que Nada" e "Nena Naná" entraram nas paradas de sucesso, sendo gravadas por intérpretes como Sergio Mendes, Herb Alpert, José Feliciano e Trini Lopez.
Na era dos musicais da TV, fiel a seu estilo múltiplo, participou tanto de O Fino da Bossa (comandado por Elis Regina) quanto do Jovem Guarda de Roberto Carlos, e mais adiante do Divino Maravilhoso dos tropicalistas Caetano e Gil. Em 1969 obteve enorme sucesso com "Cadê Teresa", "País Tropical" e "Que Maravilha", além de concorrer com "Charles, Anjo 45" no festival da canção da TV Globo. Venceria o festival em 1972, com "Fio Maravilha", interpretado por Maria Alcina.
Lançou outros discos nos anos 70, incluindo clássicos como "A Tábua de Esmeralda" (1974) e "África Brasil" (1976). Na década seguinte dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em 1989 mudou o nome artístico de Jorge Ben para Jorge Ben Jor. Sua música "W/Brasil (Chama o Síndico)", lançada em 1990, estourou nas pistas de dança em 91 e 92, tornando-se uma verdadeira febre. A partir daí seus discos se tornaram mais pops, sem perder o suíngue que sempre o caracterizou.
"Músicas para Tocar em Elevador", de 1997, tem participações de 12 artistas, como Carlinhos Brown, Fernanda Abreu e Paralamas do Sucesso. A música de Jorge Ben Jor tem uma importância única na música brasileira por incorporar elementos novos no suíngue e na maneira de tocar violão, trazendo muito do soul e funk norte-americanos e ainda com influências árabes e africanas, que vieram através de sua mãe, nascida na Etiópia. Suas levadas vocais e instrumentais influenciaram muito o sambalanço e fizeram escola, arregimentando uma legião não só de admiradores como também de imitadores. Foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações, como Mundo Livre S/A (em "Samba Esquema Noise") e Belô Velloso ("Amante Amado").
O Acústico MTV, lançado em 2002, traz Jorge Ben Jor de volta ao violão. Com arranjos de Lincoln Olivetti, o acústico traz alguns de seus maiores sucessos e outras músicas menos conhecidas da vasta e irrequieta carreira de Ben Jor. O trabalho foi dividido em dois álbuns. O CD1 vem com a Banda Admiral V (que acompanhou o músico nos anos 70) com um balanço forte em músicas como "Comanche", "Jorge de Capadócia", "O Vendedor de Bananas", "O Circo Chegou" e "O Namorado da Viúva". No CD 2 quem comanda a festa é a Banda do Zé Pretinho e surgem os clássicos mais tradicionais: "País Tropical", "W/Brasil", "Mas, que Nada" e "Que Maravilha".
Em 2004 Jorge lança “Bem Tocado”, seu primeiro álbum de inéditas desde 1995. As 16 faixas de “Reactivus Amor Est” trazem o pop suingado de Jorge regado a um belo trabalho de teclado, guitarra e baixo. O disco conta ainda com a participação do percussionista Marçalzinho em "Janaína Argentina" e de Seginho Mangueira no pandeiro de "História Do Homem".
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