11º Ranking Rolling Stones Magazine
01 Aguas de Março
02 Pois É
03 Só Tinha de Ser com Você
04 Modinha
05 Triste
06 Corcovado
07 O Que Tinha de Ser
08 Retrato em Branco e Preto
09 Brigas, Nunca Mais
10 Por Toda a Minha Vida
11 Fotografia
12 Soneto da Separação
13 Chovendo na Roseira
14 Inútil Paisagem
Elis & Tom é um álbum lançado em 1974 por Antonio Carlos Jobim e Elis Regina, pela gravadora Polygram, com gravações realizadas entre 22 de fevereiro e 9 de março do mesmo ano. É considerado pela crítica musical e pelo público brasileiro um dos álbuns mais importantes da MPB.
Elis Regina 17/03/1945 19/01/1982
Nasceu em Porto Alegre, e desde os 11 anos se apresentava na Rádio Farroupilha, cantando. Fez parte do elenco fixo da emissora, onde trabalhou por algum tempo. Em 1959 assinou o primeiro contrato profissional, na Rádio Gaúcha, e no ano seguinte foi para o Rio de Janeiro, onde gravou o primeiro compacto, pela Continental. A mesma gravadora em 1961 lançou seu primeiro LP, "Viva a Brotolândia", com calipsos e rocks. Em seguida voltou para Porto Alegre, onde ficou até 1964, quando regressou definitivamente para o Rio. Cantou no Beco das Garrafas, reduto da bossa nova, onde teria aprendido com o bailarino americano Lennie Dale a célebre coreografia que lhe valeu o apelido de "Hélice Regina". Contratada pela TV Rio, passa a trabalhar ao lado de Jorge Ben, Wilson Simonal e outros.
Tornou-se conhecida nacionalmente em 1965, ao sagrar-se vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, defendendo a música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Em seguida gravou "Dois na Bossa" ao lado de Jair Rodrigues, com tal êxito que nos anos seguintes foram lançados os volumes 2 e 3. Foi ao lado de Jair que apresentou um dos programas musicais mais importantes da música brasileira, O Fino da Bossa, estreado em 1965 na TV Record.
O programa foi o responsável pelo lançamento de diversos artistas e sucessos, como "Canto de Ossanha" (Baden Powell/ Vinicius de Moraes), "Louvação" (Gilberto Gil/ Torquato Neto) e "Lunik 9" (Gil). A partir daí a carreira solo de Elis decola. Seu disco "Elis", de 1966, traz "Canção do Sal", de Milton Nascimento, gravado aí pela primeira vez. Elis foi a primeira intérprete a gravar músicas de alguns compositores que se tornariam consagrados, como Milton, Ivan Lins ("Madalena"), Tavito/ Zé Rodrix ("Casa no Campo") e Belchior ("Como Nossos Pais").
Participou de festivais e de movimentos político-musicais, como a "passeata contra as guitarras", que visava à preservação das "raízes" da MPB contra a invasão estrangeira. Intensificou sua carreira no exterior em 1969, ano em que fez show nas principais capitais européias e latino-americanas. Um de seus discos mais marcantes, "Elis e Tom" (com Tom Jobim), foi gravado em 1974 nos Estados Unidos, onde também tornou-se popular. No ano de 1979 participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e gravou um de seus maiores sucessos, "O Bêbado e a Equilibrista", de Aldir Blanc e João Bosco, dupla que lhe forneceria inúmeros sucessos, como "Caçador de Esmeraldas", "Mestre-sala dos Mares", "Dois pra Lá, Dois pra Cá".
Outras interpretações que entraram para a história foram "Upa, Neguinho" (Edu Lobo/ G. Guarnieri), "Águas de Março" (Tom Jobim), "Ponta de Areia" (Milton Nascimento/ Fernando Brant), "Folhas Secas" (Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito) e "Romaria" (Renato Teixeira). Depois de sua morte, em 1982, decorrente de overdose de drogas, foram lançados discos com gravações inéditas e coletâneas. Foi homenageada em 1995 no prêmio Sharp de música. Seus filhos João Marcelo Bôscoli (com Ronaldo Bôscoli) e Pedro Camargo Mariano (com César Camargo Mariano) também são músicos.
Tornou-se conhecida nacionalmente em 1965, ao sagrar-se vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, defendendo a música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes. Em seguida gravou "Dois na Bossa" ao lado de Jair Rodrigues, com tal êxito que nos anos seguintes foram lançados os volumes 2 e 3. Foi ao lado de Jair que apresentou um dos programas musicais mais importantes da música brasileira, O Fino da Bossa, estreado em 1965 na TV Record.
O programa foi o responsável pelo lançamento de diversos artistas e sucessos, como "Canto de Ossanha" (Baden Powell/ Vinicius de Moraes), "Louvação" (Gilberto Gil/ Torquato Neto) e "Lunik 9" (Gil). A partir daí a carreira solo de Elis decola. Seu disco "Elis", de 1966, traz "Canção do Sal", de Milton Nascimento, gravado aí pela primeira vez. Elis foi a primeira intérprete a gravar músicas de alguns compositores que se tornariam consagrados, como Milton, Ivan Lins ("Madalena"), Tavito/ Zé Rodrix ("Casa no Campo") e Belchior ("Como Nossos Pais").
Participou de festivais e de movimentos político-musicais, como a "passeata contra as guitarras", que visava à preservação das "raízes" da MPB contra a invasão estrangeira. Intensificou sua carreira no exterior em 1969, ano em que fez show nas principais capitais européias e latino-americanas. Um de seus discos mais marcantes, "Elis e Tom" (com Tom Jobim), foi gravado em 1974 nos Estados Unidos, onde também tornou-se popular. No ano de 1979 participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, e gravou um de seus maiores sucessos, "O Bêbado e a Equilibrista", de Aldir Blanc e João Bosco, dupla que lhe forneceria inúmeros sucessos, como "Caçador de Esmeraldas", "Mestre-sala dos Mares", "Dois pra Lá, Dois pra Cá".
Outras interpretações que entraram para a história foram "Upa, Neguinho" (Edu Lobo/ G. Guarnieri), "Águas de Março" (Tom Jobim), "Ponta de Areia" (Milton Nascimento/ Fernando Brant), "Folhas Secas" (Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito) e "Romaria" (Renato Teixeira). Depois de sua morte, em 1982, decorrente de overdose de drogas, foram lançados discos com gravações inéditas e coletâneas. Foi homenageada em 1995 no prêmio Sharp de música. Seus filhos João Marcelo Bôscoli (com Ronaldo Bôscoli) e Pedro Camargo Mariano (com César Camargo Mariano) também são músicos.
Tom Jobim 25/01/1927 08/12/1994
Tom Jobim é um dos nomes que melhor representam a música brasileira na segunda metade do século XX. Pianista, compositor, cantor, arranjador, violonista às vezes, é praticamente uma unanimidade quando se pensa em qualidade e sofisticação musical. Nasceu no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, mudando-se logo com a família para Ipanema.
Aprendeu a tocar violão e piano tendo tido aulas, entre outros, com o professor alemão Koellreuter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil. Pensou em trabalhar como arquiteto e chegou a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Tocava em bares e inferninhos em Copacabana no início dos anos 50, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Por essa época começou a escrever suas primeiras composições.
A primeira música gravada foram "Incerteza" (com Newton Mendonça), por Mauricy Moura. "Tereza da Praia", parceria com Billy Blanco, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental em 1954, foi o primeiro sucesso. Depois disso participou de gravações e compôs com Billy Blanco a "Sinfonia do Rio de Janeiro", além de outras parcerias como Dolores Duran ("Se É por Falta de Adeus", "Por Causa de Você"). Em 1956 musicou a peça "Orfeu da Conceição" com Vinicius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça, fez bastante sucesso a música "Se Todos Fossem Iguais a Você", gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova.
O disco "Canção do Amor Demais" (1958), de composições de Tom e Vinicius cantadas por Elizeth Cardoso e acompanhadas pelo violão de João Gilberto (em algumas faixas) e orquestra é considerado um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das orquestrações, harmonias e melodias. Inclui, entre outras, "Canção do Amor Demais", "Chega de Saudade" e "Eu Não Existo sem Você". A concretização da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações "Chega de Saudade", interpretado por João Gilberto, lançado em 1958. No ano seguinte, o LP "Chega de Saudade", de João Gilberto, com arranjos e direção musical de Tom, consolidou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali pra frente.
No mesmo ano foi a vez de Silvia Telles gravar "Amor de Gente Moça", um disco com 12 músicas de Tom, entre elas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysio de Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinicius). Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinicius, um de seus maiores sucessos e possivelmente a música brasileira mais executada no exterior: "Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: "Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinicius), "Ela É Carioca" (com Vinicius), "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi "The Composer Of 'Desafinado' Plays", de 1965), participou de shows e fundou sua própria editora, a Corcovado Music.
O sucesso de suas músicas fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco "Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim", com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês de músicas de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") e composições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 60, depois de lançar o disco "Wave" (com a faixa-título, "Triste", "Lamento" e várias músicas instrumentais), participou de festivais no Brasil, ganhando inclusive o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção da TV Globo com "Sabiá", parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. "Sabiá" conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a música diante dos constrangidos compositores
Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz ("Stone Flower") e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 70, que marcam a aliança entre a sofisticação harmônica de Tom e sua qualidade de letrista. São desses dois discos "Águas de Março", "Ana Luíza", "Lígia", "Correnteza", "O Boto", Ângela".
Também nessa época grava discos com outros artistas, casos de "Elis e Tom", "Miúcha e Tom Jobim" e "Edu e Tom". "Passarim", de 1987, é a obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Nova Banda. Além da faixa-título, "Gabriela", "Luiza", "Chansong", "Borzeguim" e "Anos Dourados" (com Chico Buarque) são os destaques. É difícil escolher os mais significativos entre os mais de 50 discos de que participou, como intérprete ou arranjador. Todos eles têm algo de inovador, de diferente e especial. Seu último CD, "Antônio Brasileiro", foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte, em dezembro, nos EUA. Biografias foram lançadas, entre elas "Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado", de sua irmã Helena Jobim, "Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia", de Sérgio Cabral, e "Tons sobre Tom", de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado.
Aprendeu a tocar violão e piano tendo tido aulas, entre outros, com o professor alemão Koellreuter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil. Pensou em trabalhar como arquiteto e chegou a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Tocava em bares e inferninhos em Copacabana no início dos anos 50, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Por essa época começou a escrever suas primeiras composições.
A primeira música gravada foram "Incerteza" (com Newton Mendonça), por Mauricy Moura. "Tereza da Praia", parceria com Billy Blanco, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental em 1954, foi o primeiro sucesso. Depois disso participou de gravações e compôs com Billy Blanco a "Sinfonia do Rio de Janeiro", além de outras parcerias como Dolores Duran ("Se É por Falta de Adeus", "Por Causa de Você"). Em 1956 musicou a peça "Orfeu da Conceição" com Vinicius de Moraes, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça, fez bastante sucesso a música "Se Todos Fossem Iguais a Você", gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova.
O disco "Canção do Amor Demais" (1958), de composições de Tom e Vinicius cantadas por Elizeth Cardoso e acompanhadas pelo violão de João Gilberto (em algumas faixas) e orquestra é considerado um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das orquestrações, harmonias e melodias. Inclui, entre outras, "Canção do Amor Demais", "Chega de Saudade" e "Eu Não Existo sem Você". A concretização da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações "Chega de Saudade", interpretado por João Gilberto, lançado em 1958. No ano seguinte, o LP "Chega de Saudade", de João Gilberto, com arranjos e direção musical de Tom, consolidou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali pra frente.
No mesmo ano foi a vez de Silvia Telles gravar "Amor de Gente Moça", um disco com 12 músicas de Tom, entre elas "Só em Teus Braços", "Dindi" (com Aloysio de Oliveira) e "A Felicidade" (com Vinicius). Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinicius, um de seus maiores sucessos e possivelmente a música brasileira mais executada no exterior: "Garota de Ipanema". Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de "clássicos" produzidos por Tom é impressionante: "Samba do Avião", "Só Danço Samba" (com Vinicius), "Ela É Carioca" (com Vinicius), "O Morro Não Tem Vez", "Inútil Paisagem" (com Aloysio), "Vivo Sonhando". Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi "The Composer Of 'Desafinado' Plays", de 1965), participou de shows e fundou sua própria editora, a Corcovado Music.
O sucesso de suas músicas fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco "Francis Albert Sinatra e Antônio Carlos Jobim", com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês de músicas de Tom ("The Girl From Ipanema", "How Insensitive", "Dindi", "Quiet Night of Quiet Stars") e composições americanas, como "I Concentrate On You", de Cole Porter. No fim dos anos 60, depois de lançar o disco "Wave" (com a faixa-título, "Triste", "Lamento" e várias músicas instrumentais), participou de festivais no Brasil, ganhando inclusive o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção da TV Globo com "Sabiá", parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. "Sabiá" conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a música diante dos constrangidos compositores
Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz ("Stone Flower") e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de "Matita Perê" e "Urubu", lançados na década de 70, que marcam a aliança entre a sofisticação harmônica de Tom e sua qualidade de letrista. São desses dois discos "Águas de Março", "Ana Luíza", "Lígia", "Correnteza", "O Boto", Ângela".
Também nessa época grava discos com outros artistas, casos de "Elis e Tom", "Miúcha e Tom Jobim" e "Edu e Tom". "Passarim", de 1987, é a obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Nova Banda. Além da faixa-título, "Gabriela", "Luiza", "Chansong", "Borzeguim" e "Anos Dourados" (com Chico Buarque) são os destaques. É difícil escolher os mais significativos entre os mais de 50 discos de que participou, como intérprete ou arranjador. Todos eles têm algo de inovador, de diferente e especial. Seu último CD, "Antônio Brasileiro", foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte, em dezembro, nos EUA. Biografias foram lançadas, entre elas "Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado", de sua irmã Helena Jobim, "Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia", de Sérgio Cabral, e "Tons sobre Tom", de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado.
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